quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Fernando de Noronha





Fernando de Noronha é um arquipélago brasileiro formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Administrativamente constitui um distrito do estado de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser território federal, cuja sigla era FN. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado. A ilha principal tem 17 km² e fica a 545 km de Recife, capital de Pernambuco, a 360 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte e a 830Km de Fortaleza, capital do Ceará.



Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris) que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta.








História



A ilha teria sido descoberta, provavelmente, por Gaspar de Lemos em 1500 ou por uma expedição da qual Duarte Leite erroneamente terá atribuído o comando a Fernão de Noronha, em 1501–1502. Porém, o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, que tomou parte na expedição de Gonçalo Coelho.



A designação do arquipélago provém, no entanto, do nome do primeiro proprietário da capitania hereditária, após doação de D. Manuel I em 16 de fevereiro de 1504 a Fernão de Noronha.
O arquipélago foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534 por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 pelos holandeses, voltando ao controle português em 1700, para ser novamente conquistada pelos franceses em 1736 e definitivamente ocupada pelos portugueses em 1737.




Colônia prisional



Antes de se tornar o paraíso turístico e ecológico dos dias atuais, o arquipélago foi local de detenção de condenados enviados a cumprir pena no presídio ali existente, que funcionou de 1737 a 1942, de 1938 em diante apenas para presos políticos do Estado Novo.



Reportagem da revista O Cruzeiro, de 2 de agosto de 1930, descreve o presídio como fantasma infernal para esses proscritos da sociedade, que viviam completamente alheios ao que se passava no resto mundo, apesar de o Governo proporcionar aos presos uma vida saudável de trabalho e de conforto (Fonte: O Cruzeiro, ed. 2 de agosto de 1930)

Mergulho



Fernando de Noronha é um local de Mergulho recreativo de nível internacional. Com águas quentes ao seu redor, mergulhos a profundidade de 30 a 40 metros podem ser feitos agradavelmente sem necessidade de usar roupa de neoprene.
Próximo a ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62m de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.
A ilha conta com três operadoras de mergulho( noronha divers,atlantis divers e águas claras), oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço.

Locais de interesse turístico



Cachorro e Conceição, na Vila dos Remédios (no centro histórico da ilha)
Boldró, na Vila Boldró
Praia do bode
Praia do Abras
Praia do Leão
Praia do Americano (nudismo liberado)
Ponta da sapata

Projeção Cartográfica centrada em Fernando de Noronha
Cacimba do padre
Baía dos Porcos
Baía do Sancho (baía de águas transparentes, cercada por falésias cobertas de vegetação)
Morro dois Irmãos




Problemas ecológicos



Embora protegida pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem.



Existe também o problema das espécies invasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar gado, sendo que actualmente, a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como consequência.



Observa-se também a incoerência da permissão de criação de ovelhas na ilha, ao mesmo tempo que se pede aos visitantes que preserve a Mata Atlântica insular, em recuperação.
Outra espécie invasiva é o lagarto localmente conhecido como teju, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A idéia não funcionou uma vez que os ratos são noturnos e o teju diurno. Actualmente o lagarto passou a ser considerado praga em vez dos ratos

Nenhum comentário: