quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Presidente do Bird quer relacionar meio ambiente à ajuda ao desenvolvimento

Presidente do Bird quer relacionar meio ambiente à ajuda ao desenvolvimento
Seg, 05 Nov, 08h35


BERLIM (AFP) - O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, afirmou que deseja integrar ajuda ao desenvolvimento e proteção ao meio ambiente.
PUBLICIDADE

if"É necessário acabar com os temores nos países em desenvolvimento de que a luta contra o aquecimento global não acontece à margem da política tradicional de ajuda ao desenvolvimento. É necessário integrar as duas", disse Zoellick em entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.
"A ajuda ao desenvolvimento não deve ser apenas a cereja no bolo da ajuda contra o aquecimento climático. Deve integrar a receita do bolo", afirmou o presidente do Banco Mundial.
"Podemos, por exemplo, ajudar os países em desenvolvimento a utilizar melhor seus recursos naturais", acrescentou.

Educação ambiental

Educação Ambiental


No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos.
A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna.

A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.
O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.

Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.

É subdividida em formal e informal:
Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino;
Informal se caracteriza por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).
Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental


Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.


Para Comunidades Agrícolas em Geral

Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)
A atividade florestal deverá participar cada vez mais no desenvolvimento do país, não apenas pelo lado econômico, como geradora de divisas, mas também do lado social, como componente indispensável à manutenção da qualidade de vida.São programas de educação ambiental, especialmente aqueles que se destinam às comunidades internas e externas e às instituições florestais, devem centrar-se no tema florestas e na interdependência da sociedade com as mesmas.Ambas as formações, naturais e implantadas, possuem uma importância ecológica e sócio-econômica de grande relevância para a sociedade. Esta importância justifica a implantação de programas de educação ambiental que, no mínimo, despertem as pessoas para sua significância.
O mais importante nestes programas é saber relacionar as florestas com o cotidiano das pessoas, seja demonstrando que móveis, materiais de construção, papel, fósforos e outros elementos são produtos originariamente florestais ou, evidenciando que o microclima, a presença de pássaros, a água de consumo e o lazer são seus produtos indiretos.Outros aspectos importantes são os que dizem respeito à segurança das áreas de florestas de propriedade da empresa e com relação aos incêndios florestais.

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

Visitas a Museus, criadouro científico de animais silvestres.
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpretativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam as crianças à curiosidade a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do observador.Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.Ecoturismo: quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os visitantes são orientados na chegada por um funcionário e a visitação é livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas.
Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da área florestal da empresa, orientado-os quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família.
Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e incentivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela região.
Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas.
Para Comunidades Agrícolas em Geral
Tem como finalidade principal a orientação aos pequenos produtores (silvicultores ou agricultores), quanto ao uso correto de agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades modificadoras do meio ambiente, técnicas agroflorestais, permacultura e a legislação pertinente. Interage como uma contribuição para a formação da consciência social e agroecológica da população destas comunidades.Acontece através de visitas às famílias, dias de campo e palestras realizadas em escolas ou centros comunitários da região, onde são demonstradas práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de pesquisa e novas alternativas que se conciliem com as práticas tradicionais de agricultura da comunidade.Além destas ações, promover atividades educativas para as crianças nas escolas e oficinas de trabalhos para as mulheres, sempre com o objetivo de demonstrar que se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para a comunidade.
Educação Ambiental


Conceito

Estratégias de Ensino

Noções Básicas em Educação Ambiental Urbana

Atividades

Legislação
Conceito
No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos.
A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna.
A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.
O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.
É subdividida em formal e informal:
Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino;
Informal se caracteriza por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).
Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental


Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.

Estratégia
Ocasião para Uso
Vantagens/Desvantagens
Discussão em classe (grande grupo)
Permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito de determinado problema.
Ajuda o estudante a compreender as questões;
Desenvolve autoconfiança e expressão oral;
Podem ocorrer dificuldades nos alunos de discussão
Discussão em grupo (pequenos grupos com supervisor-professor)
Quando assuntos polêmicos são tratados.
Estímulo ao desenvolvimento de relações positivas entre alunos e professores
Mutirão de idéias (atividades que envolvam pequenos grupos, 5-10 estudantes para apresentar soluções possíveis para um dado problema, todas as sugestões são anotadas. Tempo limite de 10 a 15 min.)
Deve usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de um certo problema. O tempo deve ser utilizado para produzir as idéias e não para avaliá-las.
Estímulo à criatividade, liberdade;
Dificuldades em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter idéias originais
Trabalho em grupo: envolve a participação de grupos de 4-8 membros que se tornam responsáveis pela execução de uma tarefa
Quando se necessita executar várias tarefas ao mesmo tempo.
Permite que os alunos se responsabilizem por uma tarefa por longos períodos (2 a 5 semanas) e exercitem a capacidade de organização;
Deve ser monitorada de modo que o trabalho não envolva apenas alguns membros do grupo
Debate: requer a participação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de pontos de vista opostos
Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas diferentes de soluções.
Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar a apresentação de fatos e idéias;
Requer muito tempo de preparação
Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a ser submetido a um determinado público
Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação à dada questão
Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados
Demanda muito tempo e experiência para produzir um conjunto ordenado de questões que cubram as informações requeridas
Reflexão: o oposto do mutirão de idéias. É fixado um tempo aos estudantes para que sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico
Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema. Tempo recomendado de 10 a 15 min.
Envolvimento de todos;
Não pode ser avaliado diretamente
Imitação: estimula os estudantes a produzir sua própria versão dos jornais, dos programas de rádio e Tv
Os estudantes podem obter informações de sua escolha e levá-las para outros grupos. Dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado, podem ser distribuídos na escola, aos pais e à comunidade.
Forma efetiva de aprendizagem e ação social
Projetos: os alunos, supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um projeto sobre um tema específico
Realização de tarefas com objetivos a serem alcançados a longo prazo, com envolvimento da comunidade
As pessoas recebem e executam o próprio trabalho, assim como podem diagnosticar falhas nos mesmos
Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximos para estudos, observações, caminhadas etc.
Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação complexa dos processos ambientais a sua volta
Agradabilidade na execução;
Grande participação de pessoas envolvidas;
Vivência de situações concretas;
Requer planejamento minuncioso.
Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP
Noções Básicas em Educação Ambiental
Sistemas de vida
A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer as similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.
Há três níveis ou sistemas distintos de existência: Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que seguem as leis da física e da química;Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física, química, biologia e ecologia; Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem.
Ciclos
O material necessário para a vida (água, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.) passa através de ciclos biogeoquímicos que mantêm a sua pureza e a sua disponibilidade para os seres vivos. O ser humano está apenasn começando a planejar uma economia industrial complexa, moderna e de alta produtividade que assegura a necessidade de reciclagem no planeta. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.

Crescimento Populacional e Capacidade de Suporte
A capacidade de suporte para a vida humana e para a sociedade é complexa, dinâmica e variada de acordo com a forma segundo a qual o homem maneja os seus recursos ambientais. Ela é definida pelo seu fator mais limitante e pode ser melhorada ou degradada pelas atividades humanas.
Desenvolvimento Socialmente Sustentável
A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentado não é centrado na produção, e sim nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do local onde ele ocorre.
Características dos Ecossistemas Urbanos
Ecossistemas Naturais
Ecossistemas Humanos
ENERGIA
São sustentados por uma fonte ilimitada de energia: radiação solar
Atualmente sustentados por uma fonte finita de energia: combustíveis fósseis.
Não acumular energia em excesso
O consumo excessivo de combustíveis fósseis libera muito calor para a biosfera e altera a temperatura.
Nas cadeiras alimentares, cerca de 10 calorias de um organismo são necessárias para produzir 1 caloria do outro
Nas cadeias alimentares são necessárias 100 calorias de combustível fóssil para produzir 10 calorias de alimentos que irão gerar 1 caloria no homem.
EVOLUÇÃO
A evolução biológica adapta todos os organismos e os seus sistemas de suporte aos processos que sustentam a vida
A evolução cultural atualmente subordina os organismos e os sistemas de suporte da Terra aos processos que sustentam a tecnologia.
POPULAÇÃO
Mantém os níveis de população de cada espécie dentro dos limites estabelecidos pelos controles e balanços naturais, incluindo fatores como alimento, abrigo, doenças e presença de inimigos naturais.
Permite que as populações cresçam tão rapidamente quando podem aumentar a disponibilidade de alimentos e abrigo, e elimina inimigos naturais e doenças via biocidas e medicamentos.
COMUNIDADE
Apresenta uma grande diversidade de espécies que vivem nos limites do local dos recursos naturais
Tende a excluir a maioria das espécies e é sustentada por recursos provenientes de áreas além das áreas locais.
INTERACÃO
As comunidades são organizadas em torno das interações de funções biológicas e processos. A maioria dos organismos interage com uma grande variedade de outros organismos
As comunidades são organizadas de modo crescente, em torno de interações de funções e processos tec
ológicos.
EQUILÍBRIO
São imediatamente governados por processos comuns, naturais, de controle e equilíbrio, incluindo a disponibilidade de luz, alimentos, água, oxigênio, habitat e a presença ou ausência de inimigos naturais e doenças.
São imediatamente governados por um conjunto de competições de controle cultural e equilíbrio, inclusive de ideologia, costumes, religião, leis, políticas e economias. Esse acordo considera um pouco, ou não considera os requerimentos para a sustentação da vida, que não seja humana.
Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP
Atividades




Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

Para Comunidades Agrícolas em Geral
Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)
A atividade florestal deverá participar cada vez mais no desenvolvimento do país, não apenas pelo lado econômico, como geradora de divisas, mas também do lado social, como componente indispensável à manutenção da qualidade de vida.São programas de educação ambiental, especialmente aqueles que se destinam às comunidades internas e externas e às instituições florestais, devem centrar-se no tema florestas e na interdependência da sociedade com as mesmas.Ambas as formações, naturais e implantadas, possuem uma importância ecológica e sócio-econômica de grande relevância para a sociedade. Esta importância justifica a implantação de programas de educação ambiental que, no mínimo, despertem as pessoas para sua significância.
O mais importante nestes programas é saber relacionar as florestas com o cotidiano das pessoas, seja demonstrando que móveis, materiais de construção, papel, fósforos e outros elementos são produtos originariamente florestais ou, evidenciando que o microclima, a presença de pássaros, a água de consumo e o lazer são seus produtos indiretos.Outros aspectos importantes são os que dizem respeito à segurança das áreas de florestas de propriedade da empresa e com relação aos incêndios florestais.

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

Visitas a Museus, criadouro científico de animais silvestres.
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpretativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam as crianças à curiosidade a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do observador.Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.Ecoturismo: quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os visitantes são orientados na chegada por um funcionário e a visitação é livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas.
Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da área florestal da empresa, orientado-os quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família.
Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e incentivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela região.
Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas.
Para Comunidades Agrícolas em Geral
Tem como finalidade principal a orientação aos pequenos produtores (silvicultores ou agricultores), quanto ao uso correto de agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades modificadoras do meio ambiente, técnicas agroflorestais, permacultura e a legislação pertinente. Interage como uma contribuição para a formação da consciência social e agroecológica da população destas comunidades.Acontece através de visitas às famílias, dias de campo e palestras realizadas em escolas ou centros comunitários da região, onde são demonstradas práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de pesquisa e novas alternativas que se conciliem com as práticas tradicionais de agricultura da comunidade.Além destas ações, promover atividades educativas para as crianças nas escolas e oficinas de trabalhos para as mulheres, sempre com o objetivo de demonstrar que se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para a comunidade.

Fernando de Noronha





Fernando de Noronha é um arquipélago brasileiro formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Administrativamente constitui um distrito do estado de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser território federal, cuja sigla era FN. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado. A ilha principal tem 17 km² e fica a 545 km de Recife, capital de Pernambuco, a 360 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte e a 830Km de Fortaleza, capital do Ceará.



Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris) que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta.








História



A ilha teria sido descoberta, provavelmente, por Gaspar de Lemos em 1500 ou por uma expedição da qual Duarte Leite erroneamente terá atribuído o comando a Fernão de Noronha, em 1501–1502. Porém, o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, que tomou parte na expedição de Gonçalo Coelho.



A designação do arquipélago provém, no entanto, do nome do primeiro proprietário da capitania hereditária, após doação de D. Manuel I em 16 de fevereiro de 1504 a Fernão de Noronha.
O arquipélago foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534 por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 pelos holandeses, voltando ao controle português em 1700, para ser novamente conquistada pelos franceses em 1736 e definitivamente ocupada pelos portugueses em 1737.




Colônia prisional



Antes de se tornar o paraíso turístico e ecológico dos dias atuais, o arquipélago foi local de detenção de condenados enviados a cumprir pena no presídio ali existente, que funcionou de 1737 a 1942, de 1938 em diante apenas para presos políticos do Estado Novo.



Reportagem da revista O Cruzeiro, de 2 de agosto de 1930, descreve o presídio como fantasma infernal para esses proscritos da sociedade, que viviam completamente alheios ao que se passava no resto mundo, apesar de o Governo proporcionar aos presos uma vida saudável de trabalho e de conforto (Fonte: O Cruzeiro, ed. 2 de agosto de 1930)

Mergulho



Fernando de Noronha é um local de Mergulho recreativo de nível internacional. Com águas quentes ao seu redor, mergulhos a profundidade de 30 a 40 metros podem ser feitos agradavelmente sem necessidade de usar roupa de neoprene.
Próximo a ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62m de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.
A ilha conta com três operadoras de mergulho( noronha divers,atlantis divers e águas claras), oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço.

Locais de interesse turístico



Cachorro e Conceição, na Vila dos Remédios (no centro histórico da ilha)
Boldró, na Vila Boldró
Praia do bode
Praia do Abras
Praia do Leão
Praia do Americano (nudismo liberado)
Ponta da sapata

Projeção Cartográfica centrada em Fernando de Noronha
Cacimba do padre
Baía dos Porcos
Baía do Sancho (baía de águas transparentes, cercada por falésias cobertas de vegetação)
Morro dois Irmãos




Problemas ecológicos



Embora protegida pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem.



Existe também o problema das espécies invasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar gado, sendo que actualmente, a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como consequência.



Observa-se também a incoerência da permissão de criação de ovelhas na ilha, ao mesmo tempo que se pede aos visitantes que preserve a Mata Atlântica insular, em recuperação.
Outra espécie invasiva é o lagarto localmente conhecido como teju, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A idéia não funcionou uma vez que os ratos são noturnos e o teju diurno. Actualmente o lagarto passou a ser considerado praga em vez dos ratos

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Mais um shopping.....

Quinta-feira, 13 de setembro de 2007.
Bairro Anchieta ganha Shopping Center em maio de 2008
Empreendimento em construção na Avenida Francisco Deslandes muda de foco e passa a ser um centro de compras com 6,5 mil m ² de ABL e investimento de lojistas e empreendedores na ordem de R$ 65 milhões
A Tenco Realty, empresa construtora e administradora de shopping centers, e os empreendedores Batur, MK, SKT, SFAP e Edifica inves-tem no novo projeto do empreendimento da Avenida Francisco Deslandes, no bairro Anchieta, o Plaza Anchieta , que será inaugurado em maio de 2008.
O empreendimento está sendo construído no coração da região sul de Belo Horizonte, num local privilegiado tanto pela facilidade de acesso quanto pelo perfil de alto padrão do bairro e da região de atuação. Com a ampliação, o shopping terá capacidade para atender de forma prática e confortável os moradores de toda a região sul de Belo Horizonte, bem como o público que trafega pela localidade.
O antigo projeto, Villaggio Anchieta, passou por alterações, mudou de nome e agora, deixou de ser shopping de bairro para se transformar em um completo centro de compras, com conceito de Shopping de Vizinhança.
O novo projeto paisagístico e arquitetônico integra o Plaza Anchieta ao bairro e terá 3 pisos e uma área bruta locável construída (ABL) de 6,5 mil m², o dobro do que havia sido planejado inicialmente para o empreendimento. A área total construída é de 17.859,18 m².
Além disso, contará com um mix ampliado com espaço para 4 salas de cinema e 64 lojas, sendo 3 âncoras, 3 megalojas, 47 satélites, 11 de alimentação. O projeto arquitetônico do Plaza Anchieta terá, ainda, 330 vagas rotativas de esta-cionamento, 2 elevadores e 2 escadas rolantes.
Marcas como Sakê, Zanzara, Cia. do Vídeo, Expresso Pizza e Easy Ice já fazem parte do mix de lojas do shopping, que conta também com as âncoras Super-mercado Mart Plus e as Lojas Americanas.


Adorei!

Shopping é comigo mesmo..............

Quanto mais shoppings, mais emprego pra galera que precisa.

No bairro Cachoeirinha tem uma fábrica de tecido abandonada que poderia muito bom se fosse transformado em um shopping.
Seria ótimo, por que fica na rua da casa da minha mãe e quando eu for visita-la dou um pulinho no Shopping Cachoeirinha............ É um bairro antigo com várias casas do séc.XIX e que poderia ser explorado juntamente com o novo shopping.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Mondovino

Bordeaux, Napa, Florença, Toscana, Cafayate e, até mesmo, Pernambuco foram algumas das regiões visitadas por Jonathan Nossiter que montou, a partir dos caminhos do vinho nessas diferentes terras, um filme sobre a globalização não só dos sabores, como do mundo.
Mais do que um documentário sobre vinhos, este é um filme sobre a complexidade das relações humanas, a industrialização, a política e a guerra entre a diversidade e a padronização da produção de bens de consumo.
Histórias de grandes vinicultores como a família Mondavi (Califórnia) e a família De Montille (França), do consultor Michel Rolland e do crítico Robert Parker, entre outras, alguém a mostrar a dificuldade de cultivar as características típicas dos vinhos das diferentes regiões do globo. Na batalha entre local e multinacional; pequenos produtores versus grandes industriais; vinhos de terroir versus padrão internacional; apontar heróis ou vilões é uma tarefa mais difícil do que se imagina...

O GENIO DAS GARRAFAS
Robert Parker, o mais influente e temido crítico de vinhos do mundo, faz previsões para o setor, admite lacunas no guia que publica e diz que seu tinto preferido é o francês Château Haut-Brion
Acima do peso, com o andar desajeitado, vestindo a indefectível camiseta pólo azul-marinho e com os cabelos no limite do desgrenhado, Robert Parker surgiu pela porta principal do restaurante Daniel, em Nova York, dez minutos antes da hora marcada. Retribuiu ao agradecimento inicial pela entrevista com golpe de mestre: "Eu é que sou grato por sua revista se interessar em me ouvir". Pura modéstia. Aos 58 anos, este americano nascido numa fazenda em Baltimore, no Maryland, é o mais influente e temido crítico de vinhos que jamais existiu. Faz a fama ou a desgraça de uma vinícola em questão de segundos. Cheira, prova, cospe (seja qual for o vinho), escreve um pequeno comentário e emite a sentença na forma de pontos, de 70 a 100. Sua opinião é suficiente para esgotar ou encalhar uma safra em qualquer país.A simpatia, o entusiasmo ao falar de vinho, a falta de afetação em seu jeito e um bom humor típico de quem enxerga a vida por uma ótica divertida não deixam dúvidas: Parker é um felizardo. "Faço exatamente aquilo que gosto", diz. E o que ele gosta é de tomar vinho - e escrever sobre as qualidades de sua bebida preferida, em comentários curtos e objetivos publicados em seu jornal bimensal, The Wine Advocate. Também contribui esporadicamente para algumas revistas, como a americana Food & Wine. Já publicou dez livros. Seu guia Parker's Wine Buyer's Guide, um calhamaço de 1 635 páginas, já foi traduzido para diversas línguas, do francês ao japonês. Quando aprecia, não mede elogios. Mas é implacável se a bebida o desagrada. Diz que faz isso em nome dos leitores. Bom vinho, como define, é aquele que tem a habilidade de satisfazer o paladar e o intelecto: prende o interesse do degustador, oferece aromas intensos e sabores sem peso. E, sobretudo, parece melhor a cada gole. Além disso, deve ter personalidade singular e aprimorar com a idade. Não é pouco.
Parker tem uma capacidade de trabalho espantosa. Prova entre 100 e 120 vinhos por dia, de segunda-feira a sábado. No domingo descansa - só toma vinho por prazer! Essa rotina se repete há 26 anos. Faz suas degustações no escritório, instalado na casa onde vive na pequena Monketown, perto de Baltimore. Quando está viajando para as regiões vinícolas, em geral prova os vinhos no hotel. Passa três ou quatro meses por ano longe de casa. Só não pisa mais na região francesa da Borgonha, onde os produtores lhe são hostis. Ali quem faz as avaliações é seu assistente, o franco-americano Pierre-Antoine Rovani. Já em Bordeaux, Parker aparece duas vezes a cada safra para repetir a célebre maratona de provas. A última visita aconteceu em 27 de março (dois dias depois da entrevista a Gula). O ritmo dos testes só é suportável para alguém fora do comum como ele. Na parte da manhã, quando está em sua melhor forma, dedica-se aos vinhos mais tânicos e complexos; termina o dia com os brancos, "mais simples". Jamais bebe durante a degustação. Segundo ele, isso prejudicaria sua percepção.Antes de viajar, Parker dispara fax para as vinícolas que lhe interessam, indicando o que deseja provar. Os produtores se apressam em enviar as amostras para que ele as teste no hotel - como gosta, em absoluta solidão. Entre um vinho e outro, limpa a boca com água mineral gasosa. Na época das provas, evita comer alho e tomar café para não comprometer o paladar. Mantém o perfeito funcionamento do nariz, segurado em US$ 1 milhão, com um expediente simples: solução salina natural. Antes da degustação, pinga algumas gotas para limpar e umedecer as narinas. "Estou certo de que 80% da degustação é olfativa", afirma. Ele simplesmente aproxima o nariz do copo para saber se o vinho é bom. Quando seu olfato indica que a bebida não vai obter 80 pontos, despreza-a sem colocar na boca. Costuma dizer que já sabe pelo aroma quando um vinho vai alcançar a nota máxima de 100 pontos. A força de Parker vem de uma combinação ímpar de olfato e memória. Ele é um fenômeno, capaz de identificar milhares de aromas com incrível precisão e catalogá-los na mente. Herdou esse sentido privilegiado de seu pai, um fazendeiro de laticínios que virou negociante de máquinas. "Quando era jovem, costumava caçar com meu pai", conta. "Ele podia cheirar o almíscar dos animais, de longe." E aproveita para repetir a história célebre: "Toda vez que eu comia alho, bastava entrar em casa e meu pai reclamava". Parker diz que sempre teve olfato apurado. Lembra que, quando ainda era estudante de Direito e começava a se interessar por vinhos, costumava andar pela rua tentando sentir todos os cheiros possíveis - do lixo ao asfalto quente. Guardava tudo na memória. "Não vou me estender em detalhes, mas comecei a perceber que tudo tinha um cheiro e, além disso, mesmo coisas muito parecidas apresentavam diferenças no aroma - por exemplo, o champignon Portobello tinha um cheiro, o cogumelo Paris, outro..."Durante as degustações profissionais, Parker fica em absoluta concentração. Diz que assim se habilita a julgar um vinho sem deixar que nada, além do aroma, sabor e corpo, interfira em seu veredicto. Ele garante que jamais esquece as características "de todos os vinhos" que provou. Mas, além de tudo, acredita que seu poder emana da independência. Seu jornal não tem anúncios. Sobrevive exclusivamente das assinaturas, que custam US$ 50 por ano. Ele paga as próprias viagens. Não aceita vinhos de presente - embora considere que não é antiético receber em seu escritório amostras não-solicitadas. "Compro 75% dos vinhos que provo", calcula. Dependendo do caso, adquire caixas inteiras para poder acompanhar a evolução da bebida. Já declarou que gasta por ano cerca de US$ 60 mil entre tintos e brancos. Possui aproximadamente 20 000 garrafas armazenadas em sua casa, onde construiu três adegas climatizadas. Segundo ele, boa parte desses vinhos está na categoria classificada entre 80 e 89 pontos. Parker não especula financeiramente com vinhos - embora todo mundo o faça a partir de suas notas, o que o deixa furioso. Cultiva, com orgulho evidente, a fama de ser incorruptível, implacável e incansável.Há 14 anos, além de crítico, Parker se tornou igualmente um produtor de vinhos. Mantém, em sociedade com o cunhado e um terceiro sócio, a vinícola Beaux Frères, no Willamette Valley, no Oregon, dedicada exclusivamente à produção de Pinot Noir. Não faz avaliações públicas nem confere notas a seus rótulos: The Beaux Frères, The Upper Terrace e Belle Soeurs. O site da vinícola (
www.beauxfrères.com) exibe a pontuação obtida pela revista americana The Wine Spectator. Quem cuida do empreendimento é o cunhado, Michael Etzel, mas a filosofia que impera ali é aquela que Parker defende: uvas muito maduras e vinhos frutados, feitos com a menor intervenção possível do winemaker; e armazenamento de 12 a 14 meses em barril de carvalho francês, com proporções alternadas de madeira nova. Diz ser a receita da Borgonha.Foi graças a uma frase, encontrada num guia inglês, que o então advogado Robert M. Parker Jr. decidiu se tornar crítico de vinhos. O texto dizia mais ou menos o seguinte: "...é uma linda dama, nos últimos dias de sua vida, talvez com um pouco de maquiagem em excesso, porém em quantidade insuficiente para esconder suas rugas". Ele leu. Releu. E ficou sem saber se deveria ou não comprar o vinho. Andava fascinado pela bebida e tinha se tornado um devorador de livros sobre o assunto. Mas esgotara sua paciência para notas de degustação do gênero "um toque de couro russo", ou "este vinho evocou em mim..." Estava com 31 anos, era fã de Ralph Nader (o famoso defensor dos direitos do consumidor nos Estados Unidos) e, depois de três anos amadurecendo a idéia, sentiu que havia chegado a hora de escrever sobre sua bebida preferida. Faria isso como um advogado do comprador. Trataria o vinho "como qualquer outro produto de consumo". Parker começou a apreciar vinhos em 1967, em sua primeira viagem à França, durante as férias da Faculdade de Direito. Tinha ido visitar a namorada Pat, que estudava francês em Estrasburgo. Com 20 anos, era abstêmio - basicamente porque não gostava de cerveja, a bebida-padrão de seus amigos de Baltimore. Na França, descobriu que o vinho era saboroso. Deixava-o num estado agradável e, naquela época, custava menos que Coca-Cola. Passou seis semanas tomando vinho em toda refeição. Ele gosta de repetir que voltou para casa encantado com a bebida, a comida e a namorada, com quem se casou e vive até hoje. Logo formou uma confraria informal com colegas da faculdade e mergulhou de cabeça no tema. Por muitos anos, aproveitou as férias para ir à Europa com a mulher, visitar as regiões produtoras. Pat o acompanhava, como tradutora, até que ele acabou aprendendo a língua oficial do mundo enófilo. Ou melhor, oficial, até a chegada dele, como se costuma dizer, pois o advento Parker tornou o inglês "obrigatório" para enólogos e proprietários de vinícolas. Em 1978, com US$ 2 000 emprestados pela mãe, Parker imprimiu 6 000 exemplares do primeiro número de um jornal de vinho revolucionário, que na época batizou de The Baltimore/Washington Wine Advocate. Comprou o mailing de clientes de lojas importantes e distribuiu gratuitamente as primeiras cópias de sua publicação. Na edição seguinte, contava com 600 leitores pagantes. Hoje, são 40 000 assinantes em mais de 40 países e o jornal de 56 páginas tem uma versão em francês. A primeira safra profissional de Parker foi o Bordeaux 1982. Ele a classificou de monumental. "Na época, os críticos diziam que aquela safra tinha o estilo do Novo Mundo, que os vinhos teriam vida curta, até 1999, no máximo", lembra. "Passaram-se 26 anos e os Bordeaux de 1982 continuam bons, aliás, alguns deles - como o Lafite-Rothschild e o Mouton-Rothschild - ainda são jovens", avalia, sem esconder uma pontinha de sorriso nos lábios.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007